segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Os Igors do Brasil


A internet tem essas coisas... O blog de “Os Tubarões de Copacabana” começou a ser difundido e comentado em outros blogs e sites dedicados ao cinema e especialmente a roteiristas de cinema. Assim comecei a receber dezenas de roteiros de jovens escritores que queriam dedicar-se a escrever para o cinema, o que acho muito bom, já que o mercado tem uma carência muito grande de roteiros interessantes. Demoro bastante, devido à falta de tempo, mas faço questão de ler todos, até porque tenho a esperança de algum dia poder dirigir um filme, com roteiro de outro escritor. Um rapaz de São Paulo, Paulo Mohylovski chamou especialmente minha atenção pela linguagem coloquial que utilizava, bastante parecida com a minha, sendo que diferimos bastante na temática abordada. Começamos assim uma amizade virtual, e ele fez um comentário interessante a respeito de Ricardo Macchi. Disse textualmente -“O Macchi, coitado, foi muito malhado. Deviam malhar quem o preparou. Na época, a Globo estava ávida por galãs. Pegaram o Macchi e o jogaram na fogueira. Mesmo assim, as mulheres gostavam dele, é só fazer um levantamento de quantos Igors foram batizados na época. Até o filho da minha ex-empregada se chamava Igor por causa do Macchi”- Postado por Rosário Boyer.


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Escolinha de Surfe 2



Fazer cinema independente, sem dinheiro, é como ir à guerra sem armas. Estou liderando um grupo de guerreiros numa batalha que demora em terminar e vejo que muitos de nós já estamos física e mentalmente esgotados. Muitas vezes me sinto impotente tentando proteger a todos do cansaço, das longas esperas, das condições adversas de filmagem e tenho lógicas crises de ansiedade, de arrependimento e até de culpa, pensando que pessoas das quais gosto muito, estão fazendo esse esforço um pouco por eles mesmos, mas em boa parte porque eu pedi. Nessas horas em que o estresse me domina, é quase sempre Raul Gazolla que me conforta com sábios conselhos e me lembra que falta menos cada dia, fazendo mais fácil suportar os problemas e afastando a idéia de desistir. Com freqüência, jovens atores me perguntam o que eu acho que devem fazer para chegar a ocupar um lugar de destaque na profissão e eu sempre respondo que o mais importante é não desistir. Serve como exemplo o caso de Michaela Calzolari que emocionou a todos na produtora. Michaela foi candidata para ser uma das alunas da escolinha de surfe, mas como só tem 16 anos foi barrada por ser menor de idade. Aos poucos dias ela voltou emancipada e participou de uma cena maravilhosa junto a Ricardo Macchi e Raul Gazolla, conquistando a simpatia e admiração de todos pela sua determinação e talento. Novas fotos deslumbrantes dessa cena, produzidas pelo fotógrafo de still Rodrigo Molina.
Rosario Boyer.












quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Escolinha de Surfe



Na 2da feira filmamos a cena 63, na praia do Leme, na qual o surfista Nando (Raul Gazolla) visita seu amigo Thiago (Ricardo Macchi) que é instrutor de uma escolinha de surfe, para contar lhe que está de caso com Nicole. O dia estava esplêndido e a turma curtiu as filmagens na praia, que foram desde 6hs até 11 hs. Raul teve que tomar cuidado especial para não ficar ainda mais bronzeado, porque filma novamente amanhã e necessita estar mais branco para a continuidade. Bem que ele podia ter ficado o filme todo bronzeado, porque isso o favorece, já que ressaltam ainda mais seus lindos olhos azuis, mas acontece que as filmagens começaram no inverno. Os adolescentes aspirantes a surfistas foram interpretados pelos jovens atores Michaela Calzolari, Ivann Willig, Clara Facuri, Maria Ximenes, Dayane Regis, Carol Oliveira, e os surfistas de verdade Alexandre Neves, Vitor Barreto e Arthur Lamblet Vaz. Com tanta gente linda num cenário paradisíaco, a cena ficou lindíssima. Ricardo Macchi e Raul Gazolla são amigos também na vida real e passaram essa cumplicidade para a câmera de Neto Favaron. Rafaela Chami, Pedro Barata Gomes, Ricardo Pentagna, Ricardo Gelain e Clarinha Facuri foram os assistentes e Daniela Shaw cuidou do som com esmero. O fotógrafo Rodrigo Molina fez o still, proporcionando essas fotos belíssimas.











segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A Cena do Velório



Finalmente conseguimos filmar o velório com sucesso, mas precisamos desmembrar as cenas em 2 dias , que resultaram muito cansativos. Os problemas começaram cedo, quando o caixão do morto, que era alugado, demorou em chegar. Já as coroas, gentileza da floricultura “Caminho das Flores” estiveram no set pontualmente e o apartamento que servia de locação ficou todo perfumado. Diversos contratempos atrasaram o início das filmagens, mas o pior foi o sumiço da cadelinha-atriz Teka, no prédio que servia de locação. Após longos momentos de angustia, durante os quais Julia Leal,a dona da Teka, não parava de chorar, André luiz Pereira procurando junto a Ricardo Macchi achou a cadelinha, que tinha caído desde 4 metros, por umas fendas que davam à garagem. Rafaela e Julinha levaram a Teka a uma veterinária de plantão que após realizar diversos exames, constatou que só tinha uma patinha machucada. Passado o susto o trabalho foi reiniciado e as filmagens se estenderam até as 6 da manhã. Alcione Mazzeo na sua primeira cena no filme, deu um show de beleza, talento e simpatia e todos comentaram que parecia mesmo ser mãe de Rayanne Morais. Os atores Sônia Cardoso, Hélcio Hime, Ary Aguiar Jr, Denize de Gasperis, Suely Pinheiro e Daniele fizeram sua estréia nos Tubarões com talento e profissionalismo e nossos galãs surfistas, Raul Gazolla Ricardo Macchi, Alex Teix, Ricardo Herriot e André Luiz Pereira, esbanjaram talento e simpatia e fizeram rir a todos, especialmente quando inventavam “insultos” para definir à esposa do surfista Bruno (Maize Campos) que tem o marido na coleira curta.E por falar em “cacos” vale ressaltar os de Ricardo Macchi que enriqueceram o texto. Ivann Willig, nosso maquiador, deixou mais belas às atrizes, “matou o morto” e deixou mais branco o rosto e tórax de Raul Gazolla que tinha ficado bronzeado após filmar a cena no mar, perdendo continuidade. O morto (Oswaldo Filho) teve que ficar quase 3 horas no caixão, recebendo elogios de seus colegas pela paciência e concentração. Ricardo Herriot que viajava a Buenos Aires no dia seguinte, queria que Rosário lhe ensinasse a dançar tango, mas ela explicou que não sabia. Ficamos felizes quando Daniela Shaw chegou para fazer o som, porque fazia varios dias que estava trabalhando e não participavas das filmagens e além de excelente profissional e uma menina muito querida. Os assistentes foram Ricardo Pentagna, Ricardo Gelain, Rafaela Chami, Pedro Barata e Clara Facuri. Sentimos a ausência da atriz Vera Sanada, que não conseguiu chegar desde São Paulo. Mas como disse o ditado, entre mortos e feridos todos se salvaram e ficamos esgotados mas conseguimos dar fim às cenas do temido “velório” que pela sua complexidade nos assombrara desde o início das filmagens. As fotos de still são obra do talentoso Rodrigo Molina.