quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Arriba os carecas!


Os cabelos de Raul Gazolla já estão quase no ponto e possivelmente a semana próxima reiniciaremos as filmagens. Hoje filmamos com Rayanne Morais, os contra planos da conversa telefônica que mantém com Nando, nas cenas finais. Uma notícia caiu como uma bomba: Rayanne começa em março a gravação de uma minissérie para a TV Globo e vai precisar pintar os cabelos de loiro platinado. Ou seja que terminamos de filmar em fevereiro ou....nunca mais.
Enquanto o diretor de fotografia Neto Favaron gritava – Vamos filmar todo em fevereiro e pronto, cara!- a diretora Rosário Boyer não parava de repetir que só escalaria carecas nos seus próximos filmes. Mas brincadeiras à parte, os rostos de preocupação no set refletiam a gravidade da situação.







domingo, 23 de janeiro de 2011

Desistir, resistir, insistir, persistir, prosseguir e outros "ir"


Quem faz cinema sabe que o inimigo mortal da produção independente (traduza-se sem grana) é o tempo. Quanto mais demoram as filmagens, mais se gasta dinheiro e as possibilidades de não poder terminar aumentam proporcionalmente ao tempo excedido. Quando realizamos a decupagem de produção de “Os Tubarões de Copacabana” contabilizamos 25 dias de filmagem de forma otimista, 30 dias no perfil pessimista. Em condições normais, não deveríamos demorar mais de 3 meses. Porém, por motivos diversos, faz 9 meses que começamos e a criança ainda não nasceu. Desistir? Impossível, já falta tão pouco. Teremos que buscar forças e dinheiro para resistir, insistir, persistir, prosseguir. Por isso, para afastar os maus pensamentos e não ficar nervosos com tantos “ir”, decidimos antecipar o futuro e fizemos parceria com uma empresa produtora do Brasil e outra de Argentina, para filmar “A Trégua” roteiro de Rosario Boyer, premiado no festival de Cuba de 2008, utilizando recursos do acordo de Co-produção Brasil - Argentina firmado entre ANCINE e seu equivalente argentino o INCAA Instituto de Cinema Argentino. Ou seja que assim que terminemos de filmar os Tubarões, filmaremos “A Trégua” e como a ação acontece em Buenos Aires e no Rio de Janeiro, começaremos a “ir” e “vir”

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Vem aí "Os Tubarões de Copacabana" Capa do Jornal da Zona Sul




Na íntegra a matéria publicada na página 8 do Jornal da Zona Sul.
< O filme “Os Tubarões de Copacabana”, já está na fase final de suas gravações e tem sua previsão de lançamento para Julho de 2011. Protagonizado pelo ator Raul Gazzola, seu elenco conta com a participação de atores como Ricardo Macchi, Angelina Muniz, Ricardo Herriot, Rafael Almeida, Alex Teix, Marcos Veras, Rayanne Morais, Guil Silveira, e Cristiane Machado. E a trilha sonora do filme fica por conta da cantora Fernanda Abreu.
O roteiro e a direção é de Rosario Boyer, duas vezes premiada com o prêmio de melhor roteiro inédito para longa metragem de ficção no Festival Internacional de Cuba. No Brasil, três de seus filmes ganharam diversos festivais. A direção de Fotografia é de Neto Favaron e a assistência de direção de Ricardo Gelain.
Em “Os Tubarões de Copacabana”, um trágico acidente reúne um grupo de amigos que surfavam juntos 20 anos atrás se reencontram devido a um trágico acidente e novamente juntos, eles descobrem que, embora algumas coisas mudem, eles jamais serão os mesmos e não conseguem se reconhecer. “Esta é uma história de amizade e desencontro, de paixões turbulentas e esperanças perdidas, pois as ondas mais perigosas são as ondas da vida” diz a diretora Rosário Boyer.
O Bairro de Copacabana foi escolhido para ser o local das gravações devido a sua grande quantidade de surfistas que procuram lugar, pelo fato de sua praia ser apropriada para o surfe durante todo o ano. O filme vivencia também, a evolução do surfe através do tempo, desde a geração que lhe deu início, representada pelo pai do protagonista, que relembra como foram estigmatizados pela sociedade da época, até os dias atuais.
“O título faz alusão aos predadores do mar, que neste caso simbolizam aqueles homens que provocam estragos entre as mulheres. Remete a uma antiga piada na qual os rapazes convidavam as moças a ver os tubarões no mar de Copacabana, para levá-las a lugares afastados. O filme transcende as historias de surfistas, para aprofundar nas diversas facetas das relações humanas” relata a diretora.
A idéia de fazer um filme sobre surfistas surgiu na época em que Rosário Boyer cursava a faculdade de cinema Estácio de Sá. “Eu Sempre tive amigos surfistas e até namorados adeptos ao surfe, coisa que sempre achei estranho, pois nem sei nadar. Tal vez por esse fato eu sinta grande admiração por quem consegue dominar as ondas.
Fazendo juz ao nome, o filme tem praticamente todas suas cena filmada no bairro de Copacabana, no qual também funciona a sede de sua produtora. Várias empresas do bairro cederam suas instalações para as gravações como o restaurante do Clube dos Marimbas, o Hospital São Lucas e o restaurante Farroupilha. >

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domingo, 16 de janeiro de 2011

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Adeus ao Roteiro


Assistindo ao primeiro corte do material editado de “Os Tubarões de Copacabana”, de 1hora e 25 minutos de duração (faltam aproximadamente 30 minutos que ainda não foram filmados) senti novamente àquela sensação de embriaguez indescritível, de contemplar a transformação do roteiro escrito em filme. De ver personagens idealizadas em rascunhos no papel, criar vida. Feitiço de uma transposição que nunca mais será possível reverter, porque os atores, numa espécie de metamorfose mágica, lograram construir seres novos, um mundo totalmente novo. E lembrei as palavras do mestre Jean-Claude Carrière, no seu livro “A linguagem secreta do cinema”- “Na verdade, um bom roteiro é aquele que dá origem a um bom filme. Uma vez que o filme esteja pronto, o roteiro no mais existe”- De fato as personagens que imaginei desapareceram, para dar vida a outros seres, quase humanos. As que ficaram mais parecidas com meus esboços, foram àquelas personagens que escrevi para atores já definidos, como no caso de Alex Teix, Guil Silveira e Cecília Lage, amigos e parceiros de outras produções. Nesses casos específicos, enquanto escrevia, eu pensava neles falando e interpretando, o que facilitou muito meu trabalho. Mas no caso do protagonista, a escolha de Raul Gazolla foi posterior à criação do roteiro e decisiva para a realização do filme. Atualmente não consigo imaginar nenhum outro ator interpretando o surfista Nando. Raul tem talento e simpatia de sobra e converteu as longas horas no set de filmagem numa reunião entre amigos. Está chegando a hora de dizer adeus ao roteiro, já que o filme está terminando de nascer e ambos não podem co-existir. Porque como disse Carrière, “O roteiro não é o último estágio de um percurso literário. É o primeiro estágio de um filme”.Rosário Boyer roteirista e diretora

domingo, 9 de janeiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

No 2011, Tubarões na cabeça!


Enquanto esperamos o cabelo de Raul Gazolla crescer, continuamos editando e já temos 1 hora 21 minutos de filme, num primeiro corte. Ou seja, que mesmo que o material deva ainda ser corrigido e lapidado, já temos certeza que vai exceder os 90 minutos previstos inicialmente. Isso deixa às claras, a falsidade do mito de que a cada página de roteiro corresponde um minuto de filmagem. Pode ser na TV, mas em cinema não é bem assim. Prova disso é que o roteiro de “Os Tubarões de Copacabana” tem 84 páginas e vai dar um filme de quase 2 horas. Na semana próxima filmaremos com Marcele Favaron, que faz da repórter que anuncia o acidente sofrido pelo surfista Neto, e que aparece no noticiário da TV do restaurante Farroupilha, cena que já foi filmada. A imagem da Marcele será colocada posteriormente no computador. Preparando um CD de fotos para um jornal que pediu para fazer uma matéria, encontramos algumas fotos inéditas, que iremos publicando. As mais bonitas, são obra de Rodrigo Molina, as outras da câmera amadora da produção.