Recebi o material das primeiras cenas filmadas para começar a editar. Eu faço questão de dar o primeiro corte na edição, porque é a única forma de garantir que o filme seja fiel à minha idealização do roteiro. E também ganho no conforto, porque editando na ilha de edição da minha casa, aproveito os momentos livres, que em época de filmagem não são muitos. Confesso que fiquei emocionada pela qualidade do material, pela beleza da fotografia, a limpeza do som e as atuações impecáveis de todos os atores, aos quais não canso de elogiar. Vendo nascer na tela do
computador “Os Tubarões de Copacabana” , sinto orgulho por ter conseguido acender o fogo dos que chegaram com dúvidas ou ressalvas, e canalizar a energia dos que desde o início se entregaram por completo. Porque o amor pelo cinema é perigosamente contagioso, e os que experimentam sabem que não vão mais poder viver sem ele.
Rosario Boyer – diretora e roteirista
